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CADERNOS DE VIAGEM

AMÉRICA DO NORTE - Estados Unidos - Kansas

Dodge City

No fim da tarde chegamos à famosa Dodge City, KS, que frequentava os faroestes de televisão tão caros aos meus pais, inclusive o do xerife Matt Dilon (que o museu de Dodge City informa ter sido criação de Hollywood).

Em Dodge City viveram, estes sim personagens reais, os televisivos Bat Masterson e Wyatt Earp.

Dodge City é outra cidade entreposto, com enormes silos de grãos. Como chegamos bem à tardinha, concentramos nossa atenção na Old Town, aos pés do Boot Hill, hoje transformada em museu.

Há um saguão no museu, onde se compra o ingresso, lembranças, livros etc. Dali para uma sala de exibição, onde o filme Reliving the West se encarrega de recriar o clima, mostrando a colonização local, desde o período pré-hispânico, hispânico e Velho Oeste.

Da sala de projeção, sobe-se por uma escada de madeira ao museu propriamente dito, onde são mostrados artefatos, tumbleweeds (aqueles arbustos secos que rolam nas cidades-fantasmas dos velhos filmes de faroeste), pistolas ... Ali se comentam estas séries de TV de que falei.

Uma das coisas mais impressionantes são duas fotos: a primeira mostrando a pradaria literalmente infestada de bisões, como moscas na carniça. São milhares deles. Outra mostra uma montanha de ossos desses animais. Cerca de dez metros de altura de ossos. Não é à toa que hoje só há uns poucos búfalos nos parques nacionais.

Atrás do museu, ao relento da Boot Hill, um velho cemitério que serviu para os primeiros enterramentos, todos ocorridos de forma violenta (assassinados, en-forcados ...). Entre eles há um irmão de Bat Masterson, ambos xerifes em Dodge City. Uma lápide diz que um fulano lá se divertia atirando em tudo quanto era casa em seu caminho "agora ele não atira mais ...", completa sarcasticamente. Também ao fundo do museu há uma velha árvore seca que serviu para enforcar alguns bandidos. Depois o cemitério foi transferido para outro sítio.

Descendo da colina, se vai a um pátio onde era a rua principal da cidade. Lá está o saloon (onde ainda hoje há espetáculos de cã-cã, para turistas é óbvio), a barbearia, a cadeia. Tudo original.

No fim da rua, contrastando com o alinhamento da cidade, o museu do trem mostrando uma velha locomotiva e um vagão. Imagino que o trem passava por trás das casas e não pela via principal.

No pátio defronte ao saloon há um balcão em forma barraquinha de quermesse, que servia de depósito para as armas daqueles que se dirigiam ao bar. Uma diligência vermelha leva os turistas a uma volta por esse pátio.

De Dodge City atravessamos mais campos de milho e trigo às margens da US-56. Não havia propriamente cidades. De tempos em tempos um silo grande cercado por algumas dezenas de casas. Parece que o pessoal mora nessas vilas e trabalha em suas fazendas. No caminho apareceu um cachorro-do-mato ou raposa, a única coisa a quebrar a rotina dos campos, vila, campos, vila...

Segue para Clayton ...

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