Carlos Eduardo Barata e Marco Polo T. Dutra P. Silva
Este estudo parte dos dados publicados na Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, de Carlos G. Rheingantz, corrige alguns erros e amplia os fatos e ligações familiares ali constantes com as pesquisas dos autores e com colaborações como as de Gilson Nazareth e Dalmiro Buys, a quem os autores sinceramente agradecem. Mas, vamos à família Duque.
João 
  Duque Estrada, segundo cartas de brasão concedidas em 1765, seria fidalgo 
  flamengo, que passou a Portugal e se casou em Lisboa com Ana de Paradis, filha 
  do desembargador do Paço Henrique Pires de Souza e de Maria Rosa.
  João é 
  dado como irmão de Abraão Duque Estrada. Vem atestado na Carta 
  de Brasão datada de 05.05.1766, passada ao seu terceiro-neto Paulo da 
  Mata Duque Estrada, citado adiante. Nela consta ter sido João, cavaleiro 
  da cidade de Anvers nos Países Baixos, de onde passou a cidade de Lisboa 
  na companhia do cardeal Alberto, arquiduque de Áustria, quando aquele 
  príncipe veio para governador de Portugal no tempo que este reino e aqueles 
  estados eram dominados pela coroa de Castela; "e era tão distincta 
  qualidade que casou n'esta corte com D. Anna de Paradis, filha de Henrique Pires 
  de Souza, desembargador do Paço, e de sua mulher D. Maria Rosa Preiras, 
  avós do suplicante (....), todos pessoas nobres, que se tractaram como 
  taes a lei da nobreza e procederam da referida familia de Duques de Estrada, 
  que tem o seu solar assente nas montanhas da Escorcia, d''onde saiu para as mais 
  terras onde existe, como largamente traz D. João de Flores de Escócia, 
  na Escócia".
   Macedo Soares, em sua 
  Nobiliarquia Fluminense, trata da origem desta família,sem no entanto 
  estabelecer uma ligação genealogica entre João Duque de 
  Estrada e os antigos Duque de Estrada, de Castela, procedentes de Osório, 
  Duque de Santilhana, de onde teria se originado o apelido Duque na família.
   Foi o dito Duque de Santilhana 
  casado com uma filha de D. Afonso III, Rei de Leão [866-910], avô 
  de João Duque Estrada, que é o primeiro em que se dá princípio 
  o duplo sobrenome, trazendo a memória da Casa de seu avô Osório, 
  que havia edificado o Castelo de San Vicente de la Barquera, sobre um grande 
  penhasco, onde mandou gravar seu brasão, descrito em versos, no qual 
  já faz menção do nome Duque Estrada, por ser filho de D. 
  Sancho de Estrada, Duque de Santilhana.
  No entanto, Macedo 
  Soares esqueceu-se de registrar que a existência do duplo sobrenome poderá 
  ter outras origens, além daquela mais afidalgada dos Duque de Santilhana. 
  Houve outro antigo grupo familiar em Espanha, do século XIV, procedente 
  de Don Juán González Duque, Senhor de Mayorazgo de Talavera de 
  la Reina, que se julga ter sido casado com uma senhora de apelido Estrada, por 
  constar em seus filhos os dois sobrenomes. Foram pais de D. Rui Duque, Cavaleiro 
  da Casa do rei D. João I de Castela [1379-1390], e de D. Juan Duque Estrada, 
  que parece ser o Alcaide de Torresvedras até o ano de 1384, e que é 
  citado na Crônica do Rei D. João de Portugal. Deixou descendência 
  conhecida do seu casamento com D. Elvira de Gusmán, que também 
  passou à Portugal.
   João e Ana foram 
  pais de:
1.1 Henrique Duque Estrada , nascido por volta de 1614 e casado 
  com Teodósia da Rosa, nascida no Rio (Sé, 1º, 5v) e batizada 
  a 12 de setembro de 1616, filha de Nuno Fernandes de Aguiar e Madalena da Rosa.
   Ele comprou a Ascenso 
  Gil Sardinha e Isabel Cordeiro terras em Tapacorá no ano de 1668. Tais 
  terras eram herança de Helena de Aguiar (mãe de Ascenso) .
   O alferes Henrique Duque 
  Estrada foi sesmeiro em Itaboraí, onde fundou o Engenho dos Duques.
   Deste casamento 
  vieram:
2.1 João Duque Estrada, nascido por volta de 1645, casado com sua prima Inês Fernandes, com geração.
2.2 Tomé Duque Estrada, nascido por volta de 1647, casado com Maria de Andrade, com geração.
2.3  Simão Duque da Rosa, nascido por volta de 1649, 
  casado na igreja de N. Sra. da Conceição, no Rio de Janeiro (Candelária, 
  1º, 18) a 26 de agosto de 1687 com Agostinha Varela, filha do capitão 
  José (de Moura) Varela e de Ana Ribeiro de Menezes.
   Eles tiveram:
3.1 João Duque Estrada (Paradis), nascido por volta de 
  1688 e casado por volta de 1716 com Inácia Isabel Rangel , nascida no 
  Rio, filha do licenciado Amador de Lemos Ferreira e de Isabel Rangel de Macedo.
   João já 
  era defunto em 1745.
   Deixaram:
4.1 capitão Jorge de Lemos Paradis, mais tarde mestre 
  de campo, nascido em Itaboraí, RJ, por volta de 1717 e batizado em Santo 
  Antônio de Sá, RJ.
   Casou-se na igreja 
  da Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro (Sé, 7º, 
  75v) a 11 de janeiro de 1745 com sua prima Isabel Maria de Sande , nascida em 
  Itaboraí por volta de 1726 e batizada no Rio (Sé, 7º, 105) 
  a 17 de setembro de 1726, filha do mestre de campo João de Abreu Pereira 
  (Sodré) e de sua segunda mulher Escolástica Ferreira Drummond. 
  Sem geração.
  Mestre de Campo do Batalhão de auxiliares do terço da freguesia 
  de São Gonçalo. Senhor de Engenho.
4.2 Isabel Rangel (Duque Estrada), nascida por volta de 1720 
  e casada por volta de 1745 com o mestre de campo João de Abreu Pereira 
  (Sodré), viúvo duas vezes , nascido por volta de 1678, batizado 
  em Icaraí, filho do coronel Baltazar de Abreu Cardoso e de Isabel de 
  Souza. Sem geração.
   Senhores do Engenho de 
  Tapacorá. Mestre de Campo no mesmo lugar.
4.3 Antônia Soares Varela, casada com seu parente José Ribeiro de Menezes, filho de Manuel de Moura Varela e Isabel Duque da Rosa. Tit. MOURA VARELA.
3.1 (bis?) No processo de banhos de José Ribeiro de Menezes , se informa que Simão e Agostinha tiveram João Duque VARELA, casado com Micaela Soares.
2.4 Ana Duque (Estrada), nascida por volta de 1651 e casada 
  por volta de 1669 com Pedro Freire Ribeiro, nascido no Rio (Sé, 2º, 
  64v) e batizado a 29 de fevereiro de 1627, filho de Francisco Freire Ribeiro 
  e de Catarina de Freitas.
   Deste casamento procederam:
3.1 frei José de Santa Ana Duque, nascido por volta de 1670, religioso carmelita. Prelado no seu convento, por duas vezes.
3.2 Ventura, nascido no Rio (Candelária, 2º, 41) e batizado a 8 de janeiro de 1671.
3.3 capitão Pedro Freire Ribeiro, nascido no Rio (Candelária, 
  2º, 46) e batizado a 5 de agosto de 1672, casado em primeiras núpcias 
  por volta de 1694 com sua prima Helena da Cruz (e Lemos), nascida por volta 
  de 1674, filha de Paulo da Mota e de Jerônima de Lemos.
   Ele foi padroeiro 
  da Capela de N. Sra. do Pilar, erigida por ele no seu Engenho Novo. Senhor do 
  Engenho dos Duques e do Engenho em Tapacorá [Santo Antonio de Sá].
   Helena já estava 
  morta em 1720.
   Pais de:
4.1 Miguel Ribeiro Freire Duque Estrada, religioso franciscano, nascido por volta de 1695.
4.2 Catarina de Lemos, nascida por volta de 1697, casada por 
  volta de 1720 com o capitão Manuel Antunes Ferreira, natural do Rio de 
  Janeiro.
   Foram proprietários 
  do Engenho em Tapacorá, comarca de Macacu.
   Ele esteve capitão do 
  forte de São Januário, no Rio de Janeiro. Padroeiro de N. Sra. 
  do Bom Sucesso, na freguesia de Itaboraí.
   Pais de (entre outros):
5.1 mestre de campo Miguel Antunes Ferreira, nascido por volta 
  de 1725 e casado no Rio (Sé, 8º, 26v) a 10 de abril de 1750 com 
  sua prima Teresa Francisca da Cruz, nascida em São José d' El-Rei 
  (MG), por volta de 1730 e filha do sargento mor Antônio Dias Raposo e 
  de Ana Josefa da Cruz.
   Ele morreu no dia 19 
  de fevereiro de 1781.
   Pais de oito filhos, 
  entre os quais:
6.1 José Francisco Ferreira, nascido por volta de 1755, casado por volta de 1785 com sua prima Maria Benedita Furtado de Mendonça, nascida por volta de 1767, filha de Joaquim Luís Furtado de Mendonça e de Maria Paula de Torres Duque Estrada. Tiveram oito filhos.
4.3 dr. Paulo da Mata Duque Estrada, nascido em Itaboraí 
  por volta de 1699 e bacharel em Direito na Universidade de Coimbra. Licenciado 
  para exercer seu ofício no Brasil.
   Casou-se no Porto, Portugal 
  (Sé, 5º, fls. ?) a 13 de fevereiro de 1725 com Jerônima Maria 
  Clara (de Torres), nascida em Coimbra por volta de 1706, filha do licenciado 
  Manuel do Costa Torres e de Maria Teresa.
   Ele teve o Engenho dos 
  Duques, em Tapacorá.
   Recebeu Carta de Brasão 
  de Armas, passada a 5 de maio de 1766, a saber um escudo com as Armas dos Duque 
  Estrada, lançada no Livro I, fl. 28v, do Cartório da Nobreza, 
  na qual apresenta sua árvore de costados.
   O doutor Paulo morreu 
  depois de 1766.
   Do casamento procederam:
5.1 João Duque Estrada, por volta de 1727 e falecido menor.
5.2 Maria Paula de Torres Duque Estrada, nascida em São 
  João del Rei (MG), por volta de 1736 (?), casada no Rio (São José, 
  1º, 217v) a 13 de maio de 1766 (na capela de Santa Luzia) com o coronel 
  Joaquim Luís Furtado de Mendonça, nascido em São Sebastião 
  de Mariana (MG) por volta de 1730, filho do sargento mor José Furtado 
  de Mendonça e de Rosa Maria de Araújo Coutinho.
   Foram proprietários 
  de cinco engenhos de açúcar na área de Tapacorá.
   Ele foi Cavaleiro Professo 
  da Ordem de Cristo.
   Pais de onze filhos, 
  entre os quais:
6.1 Maria Benedita Duque Estrada Furtado de Mendonça, casada com seu primo o capitão José Francisco Ferreira, filho do mestre de campo Miguel Antunes Ferreira e de Teresa Francisca do Cruz. Acima biografados.
6.2 José Paulo Duque Estrada, capitão, nascido 
  em Itaboraí, RJ, por volta de 1770, casado no Rio (Engenho Velho, 1º, 
  44v) a 2 de dezembro de 1801 (na chácara do Cortume, do capitão 
  João de Siqueira da Costa) com Maria Dulce de Castro e Azambuja, nascida 
  no Rio (Engenho Velho), filha do sargento mor Manuel Joaquim da Silva e Castro 
  e de Teresa Firmiana de Azambuja.
   Pais de (entre outras):
7.1 Maria Teresa Duque Estrada Castro e Azambuja, casada com seu tio paterno, coronel Paulo Prudêncio Duque Estrada Furtado de Mendonça.
7.2 Maria Paula Duque Estrada Castro e Azambuja, casada com seu tio, o coronel Paulo Prudêncio Duque Estrada Furtado de Mendonça, viúvo de sua irmã Maria Teresa.
7.3 (...).
6.3 Leonarda Matilde Furtado de Mendonça, nascida por 
  volta de 1776, , casada por volta de 1799 com o coronel Bartolomeu José 
  Vahia, batizado no Rio de Janeiro a 25 de setembro de 1737 (Sé, 9º, 
  fls. 37), filho do general Luís Vahia Teixeira de Miranda e de Rosa Maria 
  de Vasconcelos.
   Ele era duas vezes 
  viúvo, sendo que sua segunda esposa, Maria Rosa Furtado de Mendonça, 
  era tia da terceira esposa, Leonarda Matilde.
  Ele foi coronel de milícias do Regimento de Magé e mestre de campo 
  na mesma região.
   Leonarda faleceu no Rio 
  a 14 de outubro de 1800. O coronel morreu a 9 de agosto de 1801 (Candelária, 
  14º, 111v) e foi sepultado na Igreja da Ordem dos Mínimos de São 
  Francisco de Paula. Sem geração.
6.4 Antônia Joaquina Duque Estrada Furtado de Mendonça, 
  nascida em Itaboraí por volta de 1773, casada no Rio a 8 de maio de 1794 
  com o capitão Baltazar Rangel de Souza Coutinho, batizado em Guaratiba 
  a 16 de outubro de 1760.
   Foram proprietários 
  de fazenda em Guaratiba.
   Baltazar recebeu Cartas 
  de Brasão de Armas, passada a 17 de setembro de 1816, registrada no Livro 
  primeiro do Registro dos Brasões e Armas da nobreza e fidalguia, às 
  folhas 66. Registrada na Secretaria do Registro Geral das Mercês, n.º 
  191. Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1817. Trata-se de um escudo esquartelado 
  com as armas dos Souza do Prado, Coutinho, Pereira e Rangel.
   Ele morreu depois de 
  1825. Com a geração descrita no tit. RANGEL DE SOUZA.
6.5 Jerônima Rosa Duque Estrada Furtado de Mendonça, 
  nascida em São João de Itaboraí (RJ) em 1775 e casada por 
  volta de 1800 na igreja de São José, no Rio de Janeiro, com Miguel 
  João Méier, nascido a 1º de agosto de 1773 e batizado na 
  freguesia de Conceição Nova, em Lisboa (Portugal) no dia 6 de 
  fevereiro de 1783 (Conceição Nova, B-8º, 46), filho de Alberto 
  Meyer, natural do Eleitorado de Hanover (Alemanha) e de Maria Teresa O´Kelly, 
  natural de Lisboa (São Paulo).
   Em 1805, residiam na 
  Quinta da Agua Bona, limite de Benfica (Lisboa).
   Ele foi Cavaleiro da 
  Ordem de Cristo e Comendador-Guarda Roupa de S.M.I. Fez justificação 
  de nobreza. Moço da Real Câmara. Fidalgo de Cota e Armas a 10 de 
  dezembro de 1812.
   Miguel faleceu a 8 de 
  novembro de 1833. Ela morreu no Rio de Janeiro a 5 de dezembro de 1853. Deixaram 
  quatorze filhos.
6.6 Apolinária Rosa Furtado de Mendonça, nascida em Itaboraí por volta de 1782, casada no Rio (São José, 3º, 9v) a 6 de junho de 1804 com o capitão José Custódio Ribeiro de Magalhães, nascido no Rio (Candelária) por volta de 1774, filho de João Ribeiro de Magalhães e de Feliciana Teresa da Conceição. Com geração (três filhos).
6.7 dr. Luís Joaquim Duque Estrada Furtado de Mendonça, 
  nascido por volta de 1785 e bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra.
   Foi casado por volta 
  de 1818 com Rita Maria da Costa, nascida no Rio por volta de 1798, filha do 
  tenente Manuel José da Costa e de Rita Maria Pereira.
   Ele foi juiz de fora 
  em Santos (SP), senador, conselheiro, ministro do Supremo Tribunal. Deputado 
  Geral e Conselheiro do Império.
   O doutor Luís 
  morreu no Rio (São José, 4º, 51v) a 29 de novembro de 1834. 
  Rita Maria também faleceu no Rio (São José, 5º, 119), 
  a 29 de setembro de 1848. Deixaram seis filhos.
6.8 coronel Paulo Prudêncio Duque Estrada Furtado de Mendonça, 
  nascido por volta de 1788, casado em primeiras núpcias no Rio (São 
  José, 3º, 286), na casa da mãe da noiva, a 5 de fevereiro 
  de 1818 com sua sobrinha Maria Teresa Duque Estrada Castro e Azambuja, nascida 
  por volta de 1802, filha do cap. José Paulo Duque Estrada e Maria Dulce 
  de Castro e Azambuja. Viúvo, casou-se em segundas núpcias com 
  Maria Paula Duque Estrada de Castro e Azambuja, nascida por volta de 1806, também 
  sua sobrinha e irmã de sua primeira mulher.
   Teve um filho, do primeiro 
  casamento.
6.9 Helena Francisca Duque Estrada Furtado de Mendonça, nascida por volta de 1791.
6.10 João Anastácio Duque Estrada Furtado Mendonça, nascido por volta de 1794, casado.
6.11 Ana Vitória Furtado de Mendonça, nascida cerca de 1795 e casada com um sargento mor das Ordenanças de Macacu.
4.4 Antônio Duque Estrada, religioso carmelita, nascido por volta de 1702.
4.5 Josefa da Cruz (Freire), nascida em Itaboraí por volta de 1705, casada em sua terra natal a 18 de outubro de 1727 com o capitão Bento Figueira Bravo Coutinho, batizado no Rio de Janeiro a16 de março de 1701 (Candelária, 3º, 30v), filho de João do Guarda Figueira e de Maria Borges. Ver FIGUEIRA.
4.6 Ana Josefa da Cruz Duque Estrada, nascida no Rio (Candelária, 
  3º, 81) batizada a 29 de outubro de 1708 e casada por volta de 1726 em 
  São João del Rei (MG) com o sargento mor Ambrósio Dias 
  Raposo, nascido em Lisboa por volta de 1700, filho de Antônio Dias e Antônia 
  Gonçalves Raposo.
   Ambrósio já 
  estava morta em 1787. Ana Josefa morreu por volta de 1801, com mais de 90 anos.
   Pais de (entre outros):
5.1  Luís Dias Duque Estrada, que foi mais tarde religioso 
  carmelita com nome de frei Luís Antônio de Santa Teresa Duque, 
  nascido por volta de 1732 e falecido no Rio antes de 3 de dezembro de 1803.
   Teve uma longa relação 
  amorosa com Ana Engrácia do Silva, nascida no Rio (São José, 
  2º, 45v) em 1769 e falecida no Rio em 1861, filha de José Antônio 
  Sobral e de Agostinha Caetano da Silva.
   Deste relacionamento 
  vieram:
6.1 Ana Engrácia do Silva, nascida no Rio por volta de 1783.
6.2 José Mariano Duque Estrada, nascido no Rio (São José) batizado a 16 de fevereiro de 1784 e falecido no Rio (igreja do Carmo, 3º, 250) a 16 de abril de 1807, solteiro.
6.3 Maria Joaquina do Silva (e Lemos Duque Estrada), nascida 
  no Rio por volta de 1787 e ali casada (São José, 3º, 65v) 
  a 19 de junho de 1809 com Manuel Gomes Touguinho, nascido em Cabo Frio por volta 
  de 1782, filho de Manuel Gomes Touguinho e de Mariana dos Santos.
   Maria Joaquina já 
  estava morta em 1837. Manuel morreu no Rio a 25 de abril de 1856 e foi sepultado 
  no cemitério de São João Batista.
   Eles foram pais de :
7.1 conselheiro Domingos de Azeredo Coutinho Duque Estrada, 
  nascido no Rio (São José, 5º, 212v) a 14 de abril de 1812 
  (batizado a 20 de maio desse ano) e formado em Cirurgia pela Universidade de 
  Bruxelas.
   Casado em sua terra natal 
  (São José, 4º, 242v) 16 de junho de 1832 com Emília 
  Carlota de Oliveira, também nascida no Rio (São José) em 
  1812, filha do conselheiro Manuel Joaquim de Oliveira Leão e de Úrsula 
  Luísa da Piedade.
   Capitão-cirurgião 
  reformado da Guarda Nacional da Corte, onde serviu 18 anos, tendo antes servido 
  no Exército como Cirurgião do Corpo de Pontoneiros e Sapadores.
   Membro da Assembléia 
  Legislativa Provincial do Rio de Janeiro. Vereador a Câmara Municipal 
  da Corte. Em 1860, servindo na Câmara, fundou a Caixa Municipal de Beneficência 
  e o Governo confiou-lhe a sua direção sob o título de provedor 
  dos Socorros Públicos.
   Condecorado com a ordem 
  italiana de São Maurício e São Lázaro. Condecorado 
  com as Ordens de Cristo e da Rosa, no Brasil.
   Ele morreu no Rio de 
  Janeiro. Ela também faleceu no Rio de Janeiro, no dia 9 de fevereiro 
  de 1865. Deixaram quatorze filhos.
7.2 Joaquina, nascida no Rio (São José, 6º, 47) a 20 de janeiro de 1814 (batizada a 27 de junho). Morreu menor.
7.3 Felicíssimo Gomes Duque Estrada, nascido no Rio (São José, 6º, 117v) em 1815 e casado no Rio em 1837 com Leopoldina Carolina da Conceição, nascida em 1817 na freguesia da Lagoa, filha de Manuel Antônio de Oliveira e de Senhorinha Maria da Conceição. Com geração (7 filhos).
7.4 (outra) Joaquina Rosa da Silva Lemos, nascida no Rio (São José, 6º, 213) a 11 de novembro de 1818 (batizada a 16 de maio de 1819) e ali casada (São José, 5º, 82v) a 19 de maio de 1841 com seu primo Francisco Antônio Sobral de Carvalho, nascido na freguesia de São José, no Rio de Janeiro, filho de João Pires de Carvalho e de Ana Joaquina da Silva Lemos. Com geração (5 filhos).
7.5 Luísa, nascida no Rio (São José, 7º, 83) batizada a 2 de agosto de 1822.
7.6 Deolinda Maria Duque Estrada, nascida no Rio (São 
  José) por volta de 1829 e ali casada na igreja do Bom Jesus dos Perdões 
  (São José, 5º, 128v) a 7 de setembro de 1844 com o major 
  Caetano Cardoso de Lemos, nascido em 1795.
   Ela morava em Copacabana 
  e faleceu no Rio a 29 de julho de 1857, moradora em Copacabana. Foi sepultada 
  no Cemitério de São João Batista (Livro 4.º, 67). 
  Ele morreu a 22 de janeiro de 1865 na Ilha das Cobras, com 70 anos de idade, 
  viúvo de Micaela de Lemos. Foi sepultado no Cemitério do Caju 
  (Livro 37.º, 153). . Com geração.
7.7 Maria dos Prazeres da Silva Lemos, nascida por volta de 
  1829 e ali casada (Lagoa, 3º, 42) em 1862 com seu sobrinho Geraldino Gomes 
  Duque Estrada, nascido no Rio (Lagoa, 2º, 16v) a 15 de junho de 1836 (batizado 
  a 24 de fevereiro de 1837), filho de Felicíssimo Gomes Sobral Duque Estrada 
  e de Leopoldina Carolina da Conceição.
  Geraldino faleceu no Rio a 13 de fevereiro de 1878. Maria dos Prazeres também 
  morreu Rio, a 5 de agosto de 1892, residente em Copacabana.
7.8 Luís Gomes Duque Estrada, nascido no Rio e casado por volta de 1854 com Maria Emília Cardoso de Lemos, nascida por volta de 1834, filha do major Caetano Cardoso de Lemos e de sua primeira mulher, Micaela. Com geração.
6.4 Teresa (Joaquina) Fortunata da Silva (Lemos), nascida no Rio por volta de 1793 e falecida no Rio a 2 de fevereiro de 1872, solteira.
4.7 Bento Duque Estrada, religioso carmelita, nascido por volta de 1711.
4.8 Manuel, nascido no Rio (Candelária, 3º, 117v), batizado a 10/20 de abril de 1714.
3.3 (bis) Pedro foi depois casado (por volta de 1716) com sua 
  prima em terceiro grau de consangüinidade Maria de Azeredo Coutinho, filha 
  do cap. Cosme de Azeredo Coutinho e Águeda de Bitencourt.
   Deste casamento procederam:
4.9 cap. João Freire de Azeredo Coutinho, natural de 
  Itaboraí por volta de 1717 e casado na igreja da Santa Casa de Misericórdia 
  (Sé, 7º, 76) no dia 11 de janeiro de 1745 com Paula Rangel de Sande, 
  também de Itaboraí, filha do mestre de campo João de Abreu 
  Pereira (Sodré) e sua segunda esposa Escolástica Ferreira Dormundo.
   Desta união vieram:
5.1 ten. João Pedro Freire (de Azeredo Coutinho?), casado com sua prima em terceiro grau Francisca de Paula de Azevedo Lemos, filha do mestre de campo Alexandre Álvares de Azevedo e Helena Caetana de Lemos. Com geração.
3.4 Francisco Freire Ribeiro, nascido por volta de 1674, casado por volta de 1704 com Felipa (ou Felícia?) Barbosa. Pais de:
4.1 frei Francisco Duque, padre carmelita.
3.5 Henrique Duque, nascido no Rio (Candelária, 2º, 50v) e batizado a 29 de março de 1676, falecido solteiro.
3.6 Estevão Duque da Rosa, nascido por volta de 1678, solteiro.
2.5 Antônia Duque da Rosa, nascida por volta de 1651 e 
  casada com o capitão Sebastião Lobo Pereira, filho de Diogo Lobo 
  Pereira e de Luísa.
   Ele foi capitão 
  de Infantaria no Rio de Janeiro.
   Pais de:
3.1 Diogo Lobo Pereira, falecido sem geração.
3.2 Isabel Lobo, Pereira, falecida sem geração.
2.6 Maria Duque da Rosa, nascida no Rio (Candelária, 1º, 124), batizada a 19 de outubro de 1655, casada por volta de 1675 com Miguel Varela de Moura, nascido no Rio de Janeiro em 1655, filho do capitão José Varela e de Ana Ribeira. Com geração no tit. MOURA VARELA.
2.7 Teodósia da Rosa, nascida no Rio (Candelária, 
  1º, 136) e batizada a 10 de abril de 1657 e casada por volta de 1680 com 
  Francisco de Lima Machado.
   O casal gerou:
3.1 Antônio de Lima Machado. Possivelmente seja o capitão Antonio Pacheco de Lima, que chegou a Campos pouco antes de 1734 e lá se casou com Maria de Jesus, nascida por volta de 1739, filha de (...) e Joana de Mendonça.
3.2 Mônica Pacheco da Rosa, natural de São João 
  de Itaboraí (ou Tapacorá, segundo outro documento) e que em 1734 
  estava em Campos, casada com o cap. Antônio Pais da Silva, natural de 
  Guarapari (ES). Nesse ano de 1734, o cap. Pais se disse cunhado do cap. Pacheco 
  de Lima, o que comprova a irmandade desse último com Mônica.
   Ambos já eram 
  finados em 1760. Com geração em Campos dos Goytacazes.
3.3 Rosa Duque da Rosa.
3.4  Diogo Álvares Machado, nascido em Itaboraí 
  e casado (banhos de 1714 ) com sua parenta Maria Morato da Silva, filha do cap. 
  Estêvão Gomes Sardinha (falecido) e Margarida da Silva.
   Deles vieram:
4.1 José Morato da Silva, nascido por volta de 1725 e 
  primeiro casado com Rita Maria de Jesus, nascida em Santo Antônio de Sá, 
  filha de Ascenso Dias da Silva e Antônia Maria de Jesus.
   Morador em Tapacorá, 
  no ano de 1752 assistia em Campos dos Goytacazes, o mesmo ocorrendo em 1770.
   Negociava com cavalos.
   Do casamento procederam:
5.1 José, batizado em Santo Antônio de Sá (13, fls. 3) no dia 8 de abril de 1762.
5.2 Ascenso, batizado em Santo Antônio de Sá (13, fls.30) a 19 de março de 1763.
4.1  (bis) José Morato foi depois casado com Luciana 
  (da Silva) Marins, filha de Manuel Marins de Queiróz e Maria da Silva.
   Deste consórcio 
  vieram:
5.3 Francisco, batizado em Santo Antônio de Sá (13, fls. 90) a 22 de julho de 1765.
5.4 Maria Morato, batizada em Santo Antônio de Sá 
  (13, fls. 217) a 7 de agosto de 1770.
   Casou-se com Eugênio 
  José da Fonseca.
5.5 Ana, batizada em Santo Antônio de Sá (13, fls. 268) a 18 de julho de 1772.
5.6 José Joaquim, batizado em Santo Antônio de Sá (13, fls. 340) no dia 9 de outubro de 1775.
4.2 Teodósia da Rosa, irmã de José Morato, 
  batizada na freguesia de Santa Rita (Rio de Janeiro) e casada com Luís 
  de Menezes Coluna, que nasceu na vila de Macacu.
   Teodósia foi dita 
  prima de Antonio Pinto Pereira, nascido em 1723 e residente em Campos no ano 
  de 1752.
   Em 1748 o casal já 
  morava em São Salvador e Luís foi chamado de desonesto em um processo 
  cível movido contra ele nesse ano. Acusaram-no de useiro e vezeiro em 
  vender o mesmo escravo a diversas pessoas. Um dos acusadores, Salvador de Souza 
  Tavares, conseguiu em 1749 o arresto de alguns bens do Coluna, após denunciar 
  que o devedor, mulher e filhos estavam de partida para o Rio de Janeiro. O Souza 
  Tavares se enganou, mentiu ou o Coluna mudou de idéias, pois morreu 
  em Campos maio de 1752.
   O casal tinha fazenda 
  no Curral Falso (hoje Mussurepe), em terras de Manuel Pinto (também primo 
  de Teodósia). Lá foram tomados os bens suficientes para pagar 
  Salvador Tavares.
   No ano de 1785 ambos 
  já eram mortos.
2.8 Catarina Duque da Rosa, nascida no Rio (Candelária, 
  1º, 142) e batizada a 5 de julho de 1658 e casada por volta de 1687 com 
  o sargento mor Manuel Homem Quintanilha, nascido na Ilha de São Miguel 
  por volta de 1657.
   Catarina morreu por volta 
  de 1695.
   Pais de:
3.1 Jerônima, nascida por volta de 1688.
3.2 Joana, nascida por volta de 1690.
3.3 João (de Torres) Quintanilha, nascido no Rio (Candelária, 2º, 105v) batizado a 7/30 de abril de 1692. Foi casado com sua prima Joana de Abreu Rangel e deixou descendência.
2.9 Isabel Duque da Rosa, casada com Manuel de Moura Varela, filho do capitão José Varela (de Moura) e de Ana Ribeiro de Menezes. Tit. MOURA VARELA.
1.2 João Duque Estrada, capitão de infantaria, 
  capitão mor de Vimioso, casado em Angola com Maria de Andrade, irmã 
  do primeiro provincial de Companhia de Jesus de Angola.
   Pais de: (única)
2.1 Ana Duque Estrada, casada em primeiras núpcias com 
  o capitão Gonçalo Leite Pereira.
   Pais de:
3.1 uma filha, religiosa no Convento de Santa Clara da Bahia.
2.1 (bis) Ana foi depois casada em segundas núpcias com 
  Rodrigo da Costa de Almeida, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, tenente-general 
  de artilharia do Reino de Angola.
   Deixaram:
3.1 Lourenço da Costa de Almeida.
3.2 Domingos da Costa de Almeida.
3.3 Isabel Duque Estrada.
3.4 Ana Duque Estrada.
3.5 Maria Duque Estrada.
1.3 Antônio Duque Estrada, falecido solteiro, era Tesoureiro do Consulado da Alfândega de Lisboa.
1.4 Simão Duque Estrada, falecido solteiro, sem geração.
1.5 Ana Duque Estrada, casada em Lisboa com don Antônio 
  Grafian, do hábito de Calatrava, foi para a Espanha.
   Pais de:
2.1 don Agustin Grafian, casado em Castela com Bernarda Arias 
  e Monreal.
  2.2  Catarina Duque Estrada, casada em Castela com Juan Bautista Tacon Brffio, 
  de família oriunda de Gênova.
   Tiveram:
3.1 Eufêmia Duque Estrada.
1.6 Isabel Duque Estrada, casada com Henrique da Maça.
1.7 Maria Duque Estrada, casada em Lisboa com Fernão 
  Lobo de Mesquita, professo na Ordem de Cristo, filho de Antônio Lobo de 
  Mesquita e de Grácia Barbosa.
   Pais de:
2.1 sargento mor de infantaria Manuel Lobo de Mesquita.
2.2 Catarina Lobo de Mesquita, casada com Luís Garcia 
  Barreto (ou Gavião Barreto).
   Do casamento vieram:
3.1 Manuel Lobo de Mesquita, batizado a 10 de agosto de 1673. Foi Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo.
1.8 Catarina Duque Estrada, casada em Lisboa com o capitão 
  mor Rui do Silva Pereira, familiar do Santo Ofício, falecido na Índia 
  antes de 1640, filho de Afonso do Silva Albornoz e de Isabel Gomes Pimentel.
   Pais de:
2.1 capitão de infantaria Rui da Silva Pereira. Falecido em Angola.
2.2 João Pereira da Silva, embaixador extraordinário 
  a Rama, professo na Ordem de Cristo, familiar do Santo Ofício, serviu 
  na Índia, casado com Úrsula da Silva Lobo, filha do capitão 
  Manuel Coelho da Silva e de Isabel da Silva Lobo.
   Deixaram:
3.1 Bernardo Pereira da Silva, desembargador da Relação de Lisboa, professo na Ordem de Cristo. Familiar do Santo Ofício, Doutor em Leis pela Universidade de Coimbra.
3.2 Isabel da Silva Duque Estrada, solteira.
3.3 Catarina Josefa Duque Estrada, casada com o alferes Bartolomeu da Costa Ponte. Com geração.
2.3 Manuel da Silva Pereira.
2.4 Antônio da Silva Pereira, capitão mor de Tete, na Índia.
2.5 Maria Ana Duque do Silva Pereira, que foi a primeira vez 
  casada com o capitão Jerônimo de Faria de Andrade.
   Pais de:
3.1 Maria de Faria, casada com (Sebastião Rodrigues de Almeida?).
2.5 (bis) Maria Ana depois se casou com o capitão Francisco 
  Rabelo Homem, tenente da Torre de Belém.
   Deste segundo marido 
  ela teve:
3.2 dr.Rodrigo Rabelo da Silva, familiar do Santo Ofício.
3.3 Isabel da Silva Duque, casada com José de Gouveia Esteves.
3.4 Joana.
3.5 lnácia.
Retornar para Genealogias e Artigos
Criado e administrado por Marco Polo T. Dutra P. Silva
® Site registrado na Biblioteca Nacional desde 2003. A reprodução de partes de artigo é permitida desde que informado o título dele, seu autor e o endereço da página web correspondente.