GENEALOGIA FLUMINENSE
Fontes Primárias - Descrição

        Para uma visão mais detalhada do conteúdo geral dos diversos documentos que servem de fonte de pesquisa genealógica, visite a Apresentação deste espaço.

        Os documentos religiosos são geralmente arquivados nas igrejas paroquiais e arquivos diocesanos. Os principais deles são os livros de registros de batizados, de casamentos e de óbitos. Há livros distintos para pessoas livres e pessoas cativas. No norte fluminense, a documentação religiosa pode ser encontrada nos seguintes locais:

 

        Os documentos cartorários compreendem o conjunto de papéis arquivados nos cartórios de Campos. O Cartório do 3o. Ofício tem o mais antigo acervo de Campos. Um de seus processos é de 1698, a despeito de o Livro de Tombos só anotar processos posteriores a 1850. O Cartório do 2o. Ofício vem a seguir em antiguidade de acervo, mas a grande maioria de seus processos são cíveis, isto é, de indenização por danos causados. Em um de seus maços há uma transcrição de uma carta de sesmaria de 1648, passada no Rio de Janeiro a Manuel Tavares Brandão, de terras nos Campos dos Goitacazes. O Cartório de 1o. Ofício é guardião do terceiro acervo mais antigo. Os processos mais antigos do 4o. Ofício são de inícios do século XIX.

        Além dos processos, os cartórios guardam os livros de notas dos tabeliães, onde se registram as compras e vendas de terras, as doações de bens em dote para as filhas casadouras, as procurações (às vezes indicando o fim), os alugueres de terras e outros atos jurídicos do gênero. Os livros mais antigos que pudemos folhear são de 1734 e estão guardados no Cartório do 2o. Ofício.

        Outro livro encontrado nos cartórios são os Livros de Registro de Testamentos. O Cartório do 3o. Ofício arquiva os mais antigos deles (meados do século XVIII).

 

        Os documentos oficiais estão basicamente guardados na Câmara Municipal de Campos. Em particular, se destacam as Atas de Vereança, que se iniciam em 1685. Desse primeiro livro há uma transcrição (em alguns trechos pobremente copiada) na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

        Há na Câmara outros livros de interesse, tais como um de registro de aprisionamentos da cadeia local (1755) e outro de registro de marcas de gado (1744). Num dos livros de registro está o famoso "contrato de gado de vento" que levou à insurreição de 1750, envolvendo Benta Pereira e sua família contra os partidários do Visconde de Asseca.

 

        Quanto aos jornais, convém registrar que a Biblioteca Municipal guarda a coleção do segundo mais antigo jornal do Brasil: O Monitor Campista, com os primeiros exemplares, de 1843. A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro tem outra coleção, microfilmada.

 

        Dentre as coleções particulares mais interessantes estão os arquivos particulares de Gilson Nazareth (Rio de Janeiro), Fernando Lobato (São João da Barra) e Sheila Siqueira (Niterói).

 

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