1858. Manuel de Brito Nogueira
Manuel, natural de Lisboa, foi filho de Pedro Frazão de Brito e Antonia Cabral.
Ana, filha de Lourenço Castanho Taques e Maria de Lara, nasceu em Araçariguama.
Primeiramente essa Ana foi casada com Pedro Dias Leite, filho de Pedro Dias Pais Leme e Maria Leite.
Pedro Dias morreu no dia 16 de março de 1658, Ana se casou com o titular na matriz de Santana de Parnaíba (1666).
Manuel foi capitão em Araçariguama, então na freguesia de Santana de Parnaíba. Esteve à procura de ouro nos sertões sul do Brasil, recebendo, por isso, carta de agradecimento real em 1674.
Desse casal encontramos no Arquivo Nacional um processo no qual se mostra que eles haviam herdado do pai de Ana terras em Araçariguama, da qual venderam 150 braças de testada por meia légua "para o sertão" ao pe. Guilherme, irmão de Ana, conforme escritura de 2 de junho de 1684, pelo preço de 40$000 (AN, Traslados de Títulos de Terras da Capela de N. Sra. da Conceição de Araçariguama).
Manuel faleceu em Parnaíba no dia 19 de dezembro de 1693, sendo seus restos depositados na matriz daquela vila. O inventário de seus bens, iniciado em 1695 e conduzido por seu filho Pedro e por Manuel de Morais e Siqueira (aqui biografado) mostra que também vivia do aluguel de casas que tinha em Parnaíba (DAESP, Col. Inventários & Testamentos não Publicados, Lata nð 499).
João nasceu de Sebastião de Freitas e Maria Pedroso de Alvarenga.
Ana foi filha de Baltazar de Morais Dantas e Inês Rodrigues.
Ele esteve na bandeira de João Mendes Geraldo (1645-1646), que chegou ao sertão dos Guaianases, às margens do rio Iguaçu.
João faleceu na paragem Camadapiraio em setembro de 1655. Seu testamento rezava:
"Em nome da Santissima trindade padre filho Espirito Ssanto tres divinissimas pessoas e hu so dês verdadeiro Saybão quantos Esta Sedula de testamento vire que no anno do naSimento de Noso Snõr ygezu xpo vire de mil eSeis sentos eSincoenta e Sinco annos aos dezoito dias domes de junho dadita era Nesta vila de São Paulo capitania de São Visente Costa do brazil nesta dita Vila Em as Cazas de minha morada Estando Eu joão de freitas doEnte em hua cama da Enfermidade que dês nosso snõr foy Servido darme mas Em meu perfeito juizo e Emtendimento e vendome tão perigozo e Ser a doEnsa tão perlongada Considerando a Estreita conta que Ey de dar a meu Criador e Redentor e não sabendo aora Em que sera Servido levar me desta vida prezente me pareseu pera be de minha alma e descargo de minha Comsiensia dispor minhas Couzas da manera seguinte
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Declaro que Sendo noso Snõr Servido levarme desta vida prezente quero esou Contente que meu Corpo seja amortalhado Em o abito de nosa Snra. do monte do Carmo e Emsua igreia serey sepultado na cova de meupay e me aConpanharão os frades dadita Religião a que se dara a esmola Costumada
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yte de Claro por meus testamenteros o meu Subrinho olisensiado Sebastião de freitas Ea minha molher Ana de morais Ea meu Cunhado Manoel Roiz de morais e a meu yrmão Antonio defreitas (...)
yte de Claro que sou natural desta dita vila filho ligitimo de ligitymo matrimonio de Sebastião defreitas e de sua molher maria pedroza E ora Cazado Em fase da igreia na forma do sagrado ConSilio tridentino Com anna de morais filha de balthezar de morais e de sua molher ynes Roiz ja defuntos da qual dita mynha molher tenho quatro filhos asaber joze que vay asete anos anna que vay aquatro joaquim que vay atres maria que vay aoito mezes (...)
Declaro que tenho Em mynha Caza huma mamaluca por nome ynes filha minha a qual mando selhe de vinte mil rs pera ajuda de seu Cazamento e bem aSim lhe deyxo sua Mayn por nome generoza a qual te um filho por nome marcos que Se Emtregara ao meu filho joze e que tudo toCante a mamaluca seya Emtregue a mynha mayn maria pedroza a que deyxo tutora e curadora da dita minha filha bastarda e lhe Rogo trate de a Cazar com toda a brevidade.
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Declaro que tenho hu filho bastardo o qual se chama Rafael e me fugio avera hu ano pouco mais ou menos Com dous negros da terra meus pareSendo lhe não darão mais nada ne lhe falarão nelles.
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E declarou maiz o dito testador que hua menina por nome Zabel que achava em ssua comssienssia ser (...)"
Esse trecho foi destruído por traças, mas adiante o inventário esclarece que Izabel era também filha natural do testador, pois se declarou:
"Aoito dias do mes de Agosto de mil ESeis sentos e sincoenta ESeis anos nesta vila de sam paulo em pouzadas do juiz dos orfãos don Simão de toledo pareseu maria pedroza tutora e Curadora testamentarias de Suas netas bastardas Ines E Izabel (...)"
João deixou também aos herdeiros três casas na rua de Aleixo Jorge, vizinhas à de João Fernandes Saavedra e, por outro lado, com o terreno da matriz; créditos contra Baltazar de Lemos (15 mil réis), herdeiros de João Gomes de Mendonça (20 mil réis), João Machado (4 patacas), Matias Cardoso (20 patacas), João Gomes (filho de Manuel Alves Preto, 4 mil réis), Antonio Fernandes Sarzedas (1.800 réis), João Carvalho (6 mil réis, menos 2 vinténs), Simão Vieira (10 patacas de aluguel de casa), André Saraiva (2.720 réis) e Simão Velho (2.560 réis). Deixou, ainda, 20 gentios forros e 15 cabeças de gado em sua fazenda no Tremembé.
A viúva passou a emprestar, através do juízo de órfãos, dinheiro a juros de 8% a.a., vivendo assim também do mercado financeiro de então.
Em 1662 o inventariante Manuel Rodrigues de Morais alega ter muitos filhos para justificar sua petição de transferir a curadoria dos filhos de João de Freitas a Álvaro de Morais, irmão dele inventariante. Afirma também que Álvaro é mais velho e não tem filhos. A 9 de janeiro daquele ano, Álvaro é nomeado curador dos sobrinhos órfãos.
1942. Francisco da Silva Colaço
Francisco nasceu em Alenquer (Portugal), filho de Francisco Luis da Silva e Maria Ribeiro.
Vindo de sua terra, ele foi dar à Bahia, onde serviu nas milícias e atingiu o posto de alferes de infantaria do presídio da Bahia.
De lá, rumou para a vila de Piratininga, onde conheceu e se casou com a titular, filha de Diogo Martins da Costa e Isabel Ribeiro de Alvarenga. Ana houvera sido batizada em São Paulo a 4 de agosto de 1647.
Francisco morreu a 21 de maio de 1713 e a mulher com testamento a 9 de junho de 1718. Ambos foram sepultados em jazigo próprio no interior da igreja do Carmo.
Sebastião nasceu em Olivença (Portugal) e foi filho de Francisco da Gama e Beatriz Gonçalves.
Maria foi filha de André Martins Bonilha e Justa Maciel.
A 29 de janeiro de 1631 Maria se casou, na matriz de São Paulo, com Sebastião Pedroso Leite, filho de João Leite Furtado e Inês Pedroso.
Sebastião Pedroso faleceu em Parnaíba, com testamento datado de 18 de maio de 1698 (Rever! SL diz que ele morreu em 1634. Seria o test. De 1648?). Maria se casou depois com o titular.
Sebastião da Gama morreu em Parnaíba no ano de 1659.
Pedro foi filho de João Fernandes Casado e Catarina Gonçalves.
Maria foi filha de Pedro Vidal e Mécia de Siqueira.
Primeiramente Maria foi casada em São Paulo a 7 de fevereiro de 1639 (SL diz 1638)com Francisco Baldaya, filho de Miguel Sobrinho e Maria da Veiga. Francisco faleceu com testamento de 8 de abril de 1648 e a viúva, então, casou-se com o titular.
Residiam em casa vizinha à do cap. José de Camargo. Seu sustento era provido pelo sítio que tinham na freguesia de Nossa Senhora da Conceição (de Guarulhos).
Maria Vidal morreu em São Paulo, com testamento de 14 de agosto de 1687 e auto de inventário de 31 de dezembro de 1687 (dito 1688 por ser passado o Natal). Pediu para ser sepultada na matriz piratiningana, aos pés do altar de Nossa Senhora, onde estava a tumba de seu segundo marido.